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The impact of GRI's New Climate and Energy Standards

· Leitura de 4 min
José Heitor Soares
Co-Founder EXO

O impacto dos novos padrões de Clima e Energia da GRI

A Global Reporting Initiative (GRI) aumentou os requisitos para a divulgação de sustentabilidade corporativa com seus novos padrões de Mudança Climática (GRI 102) e Energia (GRI 103). Impulsionadas por demandas urgentes de stakeholders e metas climáticas globais, essas atualizações são um chamado à ação para empresas em todo o mundo.


O que há de novo e por que isso importa

Esses padrões atualizados substituem os antigos GRI 302, 305 (Divulgações 305-1 a 305-5) e GRI 201 (Divulgação 201-2), trazendo mais rigor e escopo para os relatórios de clima e energia. Com vigência a partir de 1º de janeiro de 2027, eles mudam o foco de simples métricas para divulgações estratégicas e impactantes.

GRI 102: Mudança Climática

O GRI 102: Mudança Climática, que integra e revisa conteúdos do GRI 305: Emissões e da Divulgação 201-2: Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades devido às mudanças climáticas, foca em como as organizações influenciam o clima e como gerenciam essas influências. Este padrão introduz diversos elementos e objetivos críticos, como relatar como os planos de mitigação e adaptação climática impactam trabalhadores, comunidades e grupos vulneráveis. Isso adiciona uma dimensão crucial de equidade social à ação climática, garantindo que as empresas abordem os impactos humanos junto aos ambientais.

GRI 103: Energia

O GRI 103: Energia, que substitui completamente o GRI 302: Energia, permite que uma organização divulgue publicamente seus impactos mais significativos relacionados à energia e como os gerencia. Este padrão reflete uma compreensão aprimorada de como o uso de energia influencia a mudança climática e está alinhado com compromissos globais urgentes para mitigar as mudanças climáticas, de acordo com as recomendações do IPCC e os objetivos do Acordo de Paris. Isso permitirá que as organizações divulguem informações sobre consumo de energia, redução, eficiência e fontes renováveis, com foco nos impactos associados ao consumo de energia e à transição para renováveis.

Interoperabilidade

Ambos os padrões foram projetados para funcionar perfeitamente com outras estruturas importantes, como o IFRS S2 do ISSB, o ESRS da UE (no âmbito da CSRD) e a iniciativa Science Based Targets (SBTi). Isso ajuda a reduzir a duplicação de relatórios para empresas multinacionais.


Implicações Práticas: Desafios & Oportunidades

Implementar esses novos padrões traz desafios e vantagens.

Desafios:

  • Maior demanda por dados: As empresas precisarão coletar mais dados sobre energia, impactos na cadeia de valor e dimensões sociais.
  • Sistemas de dados robustos: Atualizar os sistemas existentes ou investir em novos softwares ESG é crucial para gerenciar esses dados com precisão e eficiência.
  • Colaboração interfuncional: O sucesso depende da coordenação entre diferentes equipes.
  • Pressão sobre a cadeia de suprimentos: Grandes empresas precisarão envolver seus fornecedores, inclusive PMEs, para obter os dados necessários da cadeia de valor.

Oportunidades:

  • Maior credibilidade e transparência: Relatórios detalhados constroem confiança com investidores, clientes e reguladores.
  • Preparação para o futuro: Alinhar-se a esses padrões líderes garante que seus relatórios atendam às expectativas globais em evolução.
  • Melhoria na tomada de decisões: Insights mais profundos sobre o uso de energia e impactos climáticos permitem um melhor planejamento estratégico e gestão de riscos.
  • Liderança em ação climática: A adoção proativa posiciona as empresas como líderes em práticas empresariais sustentáveis.

Próximos Passos

Para se preparar de forma eficaz, as empresas devem:

  1. Avaliar a prontidão: Avaliar os processos de relatório atuais e sistemas de dados com base nos novos requisitos do GRI 102 e 103.
  2. Investir em sistemas: Considerar softwares ESG para agilizar a coleta de dados, garantir precisão e apoiar o alinhamento com múltiplas estruturas.
  3. Aprimorar a estratégia: Integrar princípios de transição nos planos de mitigação e adaptação climática, alinhando metas ao consenso científico global.
  4. Manter-se informado: Acompanhar atualizações da GRI e de outros definidores de padrões para aproveitar a interoperabilidade e manter a conformidade.

Conclusão

Os novos padrões de Clima e Energia da GRI podem ser ferramentas poderosas para impulsionar uma ação climática significativa e responsabilidade corporativa. Ao adotar esses padrões, as organizações podem atender às demandas das partes interessadas e avaliar seus impactos e custos, que devem ser tratados de forma eficiente para garantir maiores economias. É uma movimentação estratégica que aumenta a credibilidade, fortalece a confiança e acelera o crescimento.